sábado, 26 de outubro de 2013

PORCO É PORCO !

Um rapaz viu na chácara de seu pai, um lindo e simpático porquinho. Ele era alegre e brincalhão. Um porco irresistível!  Decidiu não ouvir sua intuição que lhe dizia que PORCO É PORCO e seguiu em frente: tirou o porquinho do chiqueiro e o levou para casa, pensando que ele poderia ser   um animal de estimação.

O porco tinha uma vida de cachorro: uma linda casinha , com colchão limpinho dentro, pet shop e passeios no calçadão. O dono todo dia dava atenção,  carinho  e tentava inserir o porco no mundo dos animais de estimação; o porco também deveria colaborar, mudando um pouco para se  adaptar à nova vida, mas o porco não mudava nada. Nem amor nem carinho resolviam. O porco queria era que o dono virasse um suíno também.



O tempo foi passando, e por mais que o rapaz investisse na "cachorrização" do porco, pouco progresso aconteceu. O porco fazia muita "porcaria", afinal ele não passava de um PORCO: fazia suas necessidades em qualquer lugar, menos no local ensinado; invadia a casa e fuçava a lata de lixo, destruiu o travesseiro que lhe servia de colchão e qualquer coisa que estivesse ao seu alcance. A casa do jovem foi praticamente demolida.

O rapaz não desistia fácil: dava aquele banho no porquinho, mas sempre que tinha chance , o animal  rolava na lama, ficando "emporcalhado".  Para constrangimento do jovem, o porco que tinha virado um monstro de forte, durante os passeios no calçadão,  o arrastava quando via fezes de cachorros e comia uma por uma, ficando com o focinho imundo, enquanto as pessoas viravam a cara enojadas.

Se achasse sujeira pior como lixo pútrido, ou vômito o show era certo: o rapaz puxando inutilmente, e o porco comendo, deitando e rolando na imundície, seu paraíso natural,  enquanto não faltavam plateia e comentários críticos.

Por fim, sem mais forças, e se questionando sobre  o destino do porco: talvez ele tinha nascido  mesmo para ser presunto e a lama da qual  tanto ele tentara afastá-lo fosse seu lugar. Pensando assim desistiu da empreita, que considerou impossível de promover  um porco de chiqueiro a  animal de estimação. Levou-o para a chácara de seu pai onde havia um bom lugar para ele.  Lá com certeza o porco seria feliz. Quem sabe, algum dia , se o trauma passasse ele dotaria um bichinho adequado. Ele não acreditava muito nessa possibilidade... quem sabe...o tempo cura tudo.

 Algumas coisas podem ser mudadas ou aprimoradas, OUTRAS NÃO: PORCO É PORCO. SEMPRE VOLTA PARA A LAMA, NA PRIMEIRA CHANCE QUE TIVER!




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